A NASA possui em Marte dois robots muito importantes para o estudo do planeta, no entanto apesar de os robots serem “instrumentos” autónomos, é difícil prever todos os inconvenientes que uma operação deste tipo pode trazer.
Devido a problemas nos robots, a NASA enviou uma nave, Mars Odyssey, para tentar resolve-los. O primeiro objectivo seria verificar se a sonda espacial Phoenix Mars lander suportou o forte inverno marciano. O segundo objectivo seria procurar tirar o robot explorador Spirit do lugar onde ficou imobilizado.
“Não acreditamos que a Phoenix tenha sobrevivido e também não esperamos ouvir a sua transmissão. No entanto, se ainda houver algum sinal, a Odyssey vai captá-lo”, disse Chad Edwards, engenheiro de telecomunicações da NASA.
Phoenix, movida à energia solar, através dos seus painéis funcionou durante cinco meses ( mais dois que o previsto) durante o verão do hemisfério norte marciano. No entanto, as suas transmissões terminaram em Novembro de 2008 talvez por não ter sido capaz de suportar o inverno marciano.
Phoenix Mars lander |
Odyssey passou no local onde pousou Phoenix dez vezes por dia durante três dias consecutivos em Janeiro de 2010. Repetindo o mesmo processo nos dois meses seguintes.
“A Odyssey fará um número suficiente de tentativas para que, caso não detectemos uma transmissão, tenhamos bastante certeza de que a Phoenix morreu”, disse Edwards.
“A Odyssey fará um número suficiente de tentativas para que, caso não detectemos uma transmissão, tenhamos bastante certeza de que a Phoenix morreu”, disse Edwards.
Phoenix foi lançada em Agosto de 2007, iniciou a sua missão em Marte em Maio de 2008. No dia 25 de Maio de 2008 o seu braço robótico confirmou a existência de água em forma de gelo sob a superfície de Marte. A sonda também detectou neve e geada sobre o solo. Também descobriu que Marte possui um solo alcalino com sais e minerais e do qual a sua formação exigiu necessariamente a presença de água.
Odyssey tinha como segundo objectivo recuperar o movimento do robot explorador Spirit, imobilizado devido à perda de duas das suas seis rodas independentes.
Em Janeiro de 2010, os engenheiros transmitiram ordens ao Spirit para efectuar um movimento lento de uma das rodas e os resultados foram insignificantes. Houve outras tentativas, mas a hipótese de manobras para recuperar o seu movimento eram cada vez mais curtas à passagem do tempo devido à proximidade do inverno no hemisfério sul de Marte, altura em que os dias ficam mais curtos e consequentemente os paneis solares produzem menos energia.
Spirit |
Para surpresa de todos, Spirit e Opportunity conseguiram durante cinco anos transmitir fotografias e dados sobre a atmosfera do planeta vermelho e a sua estrutura geológica.
No entanto os problemas que surgiram pareciam ser insuperáveis.
“Existe a possibilidade muito real de que não possa sair do local” onde se encontra, disse John Calas, director do projecto Spirit e Opportunity.
O robot ficou imobilizado num lugar chamado Tróia, na Cratera Gusev. Além disso, uma tempestade de pó cobriu os painéis solares e reduziu a energia produzida por estes.
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